Fonte: DC

mercado imobiliário de Joinville, focado nas negociações de residências e apartamentos, ainda não reagiu da forma como os empresários esperavam. Há ligeira melhora neste último bimestre, mas a percepção é empírica. Até o terceiro trimestre, continuava queda expressiva no número de lançamentos no comparativo com o terceiro trimestre (julho-setembro) de 2015. O recuo é de 44%.

Foram 670 lançamentos entre julho e setembro do ano passado, e apenas 368 no mesmo período deste ano. Para a mesma base de comparação, a quantidade de unidades vendidas se reduziu drasticamente: de 463 para 264. A situação está diretamente ligada às dificuldades econômicas da população e ao enxugamento do crédito por parte das instituições financeiras.

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Por isso mesmo, o maior interesse do setor é se livrar do estoque existente, que ainda é alto. O efeito é óbvio: freio em novos lançamentos e, no rastro, a realização de campanhas de construtoras, mediante anúncios de descontos. Uma forma para incentivar compras com o objetivo de diminuição da oferta atual.

Tirando situações mais específicas, de regiões absolutamente valorizadas em razão de significativa qualidade na infraestrutura, com agregação de serviços públicos e privados antes inexistentes; e/ou de imóveis particularmente adequados às exigências dos compradores, nota-se que os preços não tiveram aumento nominal relevante no período considerado.

Um dado reflete bem esse momento: em Joinville, permaneceu estável o valor médio do metro quadrado dos residenciais nos últimos 12 meses finalizados em setembro. A alta, mínima, foi de apenas 0,7%. No período  entre julho e setembro do ano passado, o metro quadrado valia R$ 4.448 e hoje está em R$ 4.590.

– Há um esforço dos incorporadores em trabalhar com os preços e margens mais apertados. Os incorporadores contabilizam, até o terceiro trimestre deste ano, negócios com valor geral de vendas (VGV) de R$ 375 milhões. Esta cifra é 20% menor em comparação com o mesmo período de 2015, quando o VGV somou R$ 311 milhões – comenta em nota o Sindicato Indústria Construção Civil (Sinduscon) de Joinville.

Segmento comercial

A análise dos números do segmento comercial nos mostra ter havido superoferta de salas, provocada por muitos lançamentos no triênio entre 2012 e 2014, sem que o mercado tenha absorvido. De tal forma que, neste segmento, nenhum lançamento foi feito desde janeiro de 2015.

Já são 21 meses seguidos sem nada novo. Outro fator que ajuda a explicar os zeros das colunas de lançamentos e vendas de unidades comerciais na tabela: o preço por metro quadrado é exageradamente alto em relação ao que potenciais interessados estão dispostos a pagar. Vejamos: as salas para uso comercial estão cotadas a mais de R$ 8.800 o m².

A esse preço – variação pequena ante os R$ 8.674 cobrados há um ano – é compreensível haver uma postura mais cautelosa por parte de eventuais clientes, que procuram local para instalar seu negócio. A consequência é retração, com muitas espaços ociosos em variados bairros, inclusive na região central.

Levantamentos para retratar o mercado – esta tem que sair onde saírem os gráficos
Estudos regulares feitos pela consultoria Brain, de Curitiba, a pedido Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville, identificam variações e revelam as características de como se comportou o conjunto dos agentes econômicos que gravitam em torno do setor.

As pesquisas trimestrais realizadas neste ano mapearam diversos fatores: o número de empreendimentos lançados; a quantidade de unidades lançadas; unidades vendidas; ofertas de imóveis; preço médio do metro quadrado. Todos os indicadores foram medidos trimestre a trimestre.

O gráficos explicam o cenário da atividade imobiliária em Joinville. O Sinduscon explica que o número negativo constante da tabela de unidades comerciais vendidas no primeiro trimestre de 2015 se deve à queda nas vendas e ao cancelamento de contrato.

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