Três pessoas foram presas durante ‘Operação Morpheu’, nesta terça (25).
Polícia estima que a quadrilha tenha arrecadado R$ 1 milhão com o golpe.
Fonte: G1 RR
Três suspeitos de praticar estelionato foram presas nesta segunda-feira (2), em Boa Vista durante a ‘Operação Morpheu’, da Polícia Civil. Segundo as investigações, o trio fazia cadastros e ‘vendia’ imóveis do programa “Minha Casa, Minha Vida” à pessoas interessadas em moradia.
De acordo com a Polícia Civil, o trio conseguia dinheiro de vítimas após prometer fazer cadastros no programa. A polícia estima que os envolvidos tenham arrecadado cerca de R$ 1 milhão e que mais de 200 pessoas foram vítimas do golpe.
Ao todo seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos e três mandados de prisão temporárias efetivadas. Inicialmente oito pessoas estão envolvidas no esquema.
De acordo com titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Drcasp), delegada Magnólia Soares, uma das mentoras da quadrilha, Betânia Maria Martins, foi presa em Manaus, e está sendo trazida para a Boa Vista. Ela deve ser interrogada na quarta (26).
Ainda segunda a delegada, Betânia se passava por servidora da Secretaria Estadual de Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes), e aplicava o golpe usado fichas cadastrais do programa. Conforme a investigação, ela possuía um cargo comissionado na pasta, mas foi exonerada ainda no ano passado.
O grupo estava atuando desde o começo de 2015, mas a polícia só tomou conhecimento este ano, após algumas vítimas registrarem o boletim de ocorrência.
“A quadrilha estava vendendo casas de R$ 1 mil a R$ 8 mil, dependendo do bairro. Eles diziam às vitimas que elas não passariam por sorteio e que após o pagamento receberiam a moradia do prazo de 15 a 30 dias”, disse a delegada.
Outra suspeita de comandar o esquema é Everane Benício, que concorreu ao cargo de vereadora nas eleições 2016. Conforme Magnólia, ela dizia às vítimas que era funcionária da Caixa Econômica Federal. Ela está presa presa por tráfico de drogas desde o começo de setembro.
“Como era candidata a vereadora, ela entrava nas casas e ao identificar a fragilidade dos moradores repassava as informações para os comparsas”, declarou.
A delegada informou ainda há outras pessoas envolvidas no esquema e que deve ocorrer novas prisões. Os suspeitos devem responder por estelionato e organização criminosa.