Confira seus direitos e quais devem ser as precauções antes de fechar o negócio
Se antigamente o turista só tinha hotéis e pousadas como opções para hospedagem, hoje as possibilidades foram ampliadas e tornou-se mais prático escolher um local para ficar. Sem burocracia, é possível encontrar em sites alternativas que vão desde um quarto em uma casa ou apartamento, até o aluguel do imóvel inteiro pelo período que o hóspede quiser ou precisar ficar. No entanto, as facilidades não minimizam os problemas e os diretos dos consumidores.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, a praticidade para fechar o negócio não isenta o interessado na locação de exigir o cumprimento do que foi acordado conforme o anunciado pelo proprietário. “Antes de fechar o negócio, é necessário se cercar de informações ao máximo, como o preço da diária e do valor final, as características do imóvel e, principalmente, as indicações de antigos visitantes. Nesse tipo de relação, as regras do Código de Defesa do Consumidor também são aplicáveis”, ressalta.
Caso haja qualquer problema com o imóvel, o consumidor deverá informar imediatamente ao seu proprietário, assim como a plataforma que intermediou o negócio. Para se resguardar, vale até mesmo imprimir a tela na qual foi feito o anúncio. “Propaganda enganosa, apresentação do imóvel diversa da indicada no site e cobrança indevida são algumas das situações que podem ser enfrentadas pelo consumidor e que serão resolvidas com base nas normas do Código de Defesa do Consumidor”, explica Vinícius Costa.
Bom negócio também para proprietários – Em tempo de instabilidade na economia, o aluguel de quartos por temporada pode ser uma boa opção para obter uma renda extra. Mas para muitos deve pairar uma dúvida: é seguro receber um desconhecido em casa? “Uma das recomendações em relação a isso é a leitura de perfis e comentários nas redes sociais de seus potenciais hóspedes, bem como verificar seus telefones por meio de sites disponíveis na internet”, observa o presidente a ABMH.
Também é possível verificar contas nas redes sociais a fim de identificar perfis oficiais, ajudando a diferenciar contas verdadeiras das falsas. As contas verificadas — aquelas marcadas com um check (✓) — passaram a ser a melhor forma de evitar confusões com contas fakes. “Esse selo de verificação confirma a identidade do proprietário. Se os hóspedes em potencial não tiverem verificações de perfil, é possível pedir que realizem algumas. Tutoriais nos próprios sites das redes sociais ensinam como fazer isso”, orienta Vinícius Costa.
Com relação a danos ao imóvel, uma boa alternativa é recorrer a seguros. O anfitrião pode conversar com uma seguradora sobre a possibilidade de incluir uma camada adicional de proteção, adquirindo seu próprio seguro do locatário ou proprietário. “Outra opção é recorrer à própria plataforma de aluguel para verificar se eles oferecem alguma cobertura nesse sentido e qual é o custo”, acrescenta.