Fonte: Istoé Dinheiro
O vice-presidente de habitação popular do Sinduscon-SP, Ronaldo Cury, avaliou que as faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida continuarão sendo os principais vetores de negócios do mercado imobiliário no próximo ano, uma vez que praticamente não contam com subsídios originados no Tesouro Nacional, como é o caso das faixas 1 e 1,5. “As faixas 2 e 3 são, novamente, a grande aposta para o ano que vem. Elas seguraram o setor nesse ano e esperamos que continue assim”, disse nesta quinta-feira, 1º de dezembro, durante entrevista coletiva à imprensa.
Cury disse esperar a contratação de cerca de 70 mil unidades na faixa 1 em 2017 e um total de 80 mil em 2016 e 2017 na faixa 1,5. “O cenário para o programa esta dado pelo governo. A prioridade é terminar as obras que estão contratadas e, quando sobrar dinheiro, fazer novas contratações. E nós não queremos que façam contratações sem ter os recursos”, ressaltou. Ele avaliou que as contratações nessas faixas representam um volume baixo para o País, mas são o limite do que pode ser feito neste momento.
São Paulo
O presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto, afirmou que espera do prefeito eleito de São Paulo, João Dória, a revisão de alguns pontos pendentes do Plano Diretor da cidade de São Paulo, promulgado pela gestão do prefeito Fernando Haddad. A principal questão, segundo Ferraz, é a revisão das outorgas onerosas – licenças cobradas das empresas de incorporação imobiliária para aprovação dos empreendimentos.
“A regulação das outorgas é a principal pendência, porque estão em valores que não correspondem à realidade do momento e vão inviabilizar uma série de investimentos. Os cálculos foram feitos no passado, em um momento de muita euforia com o setor”, explicou. Ele comentou que o cálculo das outorgas varia de acordo com a região da cidade e, em alguns casos, estão até 50% acima do valor considerado viável para desenvolver um empreendimento imobiliário.
Por outro lado, Ferraz elogiou a criação da Secretaria de Licenciamento pela gestão Haddad, que segundo Ferraz, ajudou a dar mais transparência e agilidade aos processos burocráticos de aprovação dos projetos. “Nós esperamos que a secretaria continue”, disse.