Fonte: Comércio do Jahu
A comissão especial de estudos da Câmara para diagnosticar a situação do patrimônio histórico de Jaú voltou a se reunir na tarde de ontem, na sede do Legislativo, e novamente faltou consenso sobre a preservação de imóveis tombados no Município.
De um lado, há defensores de que a atual legislação que norteia o assunto seja revista e flexibilizada para permitir a atração de investimentos no Centro da cidade.
Teceram comentários nesse sentido o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Jaú e Região (Sincomercio), José Roberto Pena, e o representante do setor imobiliário Marcelo Campos Prado.
Outro grupo acredita que é possível o desenvolvimento de Jaú com a preservação dos bens históricos. Hoje 451 imóveis são protegidos por quatro tipos diferentes de graus.
Representante da Associação Cultural Ítalo-Brasileira Dante Alighieri, Ângela Regina Massucato mencionou uma situação concreta do prédio da entidade, localizado no cruzamento das Ruas Dr. João Leite e Visconde do Rio Branco, no Centro de Jaú.
O imóvel perdeu parte de suas paredes laterais e a fachada está resguardada por caixas de cimento e ferro. Laudo feito por engenheiro civil particular apontou que é iminente o risco de queda do imóvel. Para Ângela, a única alternativa é a demolição da estrutura ainda existente.
Na opinião do arquiteto do Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura e Turismo, Ricardo Luis Dal´Bó, o patrimônio deve fazer parte de toda a sociedade. Por esse motivo, ressalta que intervenções como na associação Dante Alighieri poderiam ser feitas por meio de parceria.
Presidente da comissão, o vereador Charles Sartori (PMDB) acredita que a Prefeitura deveria dispor de especialista para analisar os imóveis tombados individualmente, preservando a história da cidade e fomentando o desenvolvimento.
Recentemente casa localizada no cruzamento das Ruas Tenente Lopes e Campos Salles, no Centro de Jaú, foi demolida. Dal´Bó explica que o imóvel pertencia ao grau 4 de preservação. Essa classificação contempla estruturas sem grande importância histórica e que devem ser preservadas por fotos, vídeos, croquis, projetos, relatos e documentos. (AZ)