Fonte: O Globo
NITERÓI – Depois de fechar 2016 com uma queda nominal de 1,8%, o preço do metro quadrado em Niterói iniciou este ano mantendo a tendência. De acordo com o índice FipeZap, divulgado ontem, o valor dos imóveis da cidade caiu 0,53% em janeiro. Este é o terceiro pior resultado entre as 20 cidades analisadas, ficando à frente apenas de Recife (- 0,78%) e Fortaleza (- 0,81%). No geral, o preço dos imóveis nos municípios avaliados ficou estagnado.
Apesar de seguir em queda, o metro quadrado de Niterói ainda é um dos mais valorizados do país, custando R$ 7.442 (quarto lugar no ranking nacional). A cidade mais cara para se morar no país é o Rio de Janeiro (R$ 10.262); seguido por São Paulo (R$ 8.625) e o Distrito Federal (R$ 8.432). Com os resultados, Niterói acumula perdas de 1,93% nos últimos 12 meses, o segundo pior desempenho entre as 20 cidades avaliadas. A maior queda, de 2,96%, foi de Goiânia
Em 2016, Charitas registrou o preço mais alto do metro quadrado, custando R$ 9.429. Outras áreas nobres da Zona Sul vêm logo em seguida: Gragoatá (R$ 8.389) e Boa Viagem (R$ 8.316). Apesar de bem cotada, a Boa Viagem também aparece entre os bairros que mais perderam valor de mercado ano passado. A queda nominal foi de 4,7%, menor apenas do que a do Maceió (5,4%) e a de São Domingos (6,1%).
RETOMADA NO SEGUNDO SEMESTRE
O CEO do Zap Imóveis, Eduardo Schaeffer, nos primeiros dias deste ano, projetou um cenário de recuperação do mercado imobiliário niteroiense em 2017. Segundo ele, os preços devem reagir no segundo semestre.
Depois de anos de valorização ininterrupta, os imóveis em Niterói entraram em queda durante o ano de 2015, afetados pelas crises econômica e política, agravadas naquele ano. Com a deterioração nas contas do governo do estado, ao longo do ano passado, a situação piorou. O desaquecimento do mercado imobiliário vem provocando efeitos negativos também nas contas públicas. Desde 2014, as receitas auferidas com o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) — cobrado quando um imóvel é vendido — caíram de R$ 98,3 milhões em 2014 para R$ 94,9 milhões em 2016. Já a Taxa de Licença para a Execução de Obras (TLO) — recolhida quando um imóvel é construído ou passa por grande reforma — caiu de R$ 5,55 milhões para R$ 4,66 milhões no mesmo período.
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