Fonte: Metro

O secretário de Habitação e presidente da Cohab (Companhia de Habitação de Campinas), Samuel Rossilho, disse que todas as 250 ocupações identificadas na cidade vão ser regularizadas. Ele diz que o plano é de longo prazo, mas quer firmar os primeiros acordos ainda este ano.

Rossilho conta que técnicos da secretaria estão visitando os locais junto com funcionários da Sanasa e CPFL para que sejam adotadas estratégias de intervenção. O primeiro critério para a regularização, diz ele, é a preservação de moradias construídas há cinco anos.

Na semana passada, ele contou ter visitado pessoalmente três ocupações – Santa Marta, Sigrist e Parque Universitário Viracopos. “Já estamos trabalhando em 19 na região de Viracopos, 18 na região do Campo Grande”, conta o secretário.

“A regularização fundiária é uma realidade que pretendemos levar para o maior número possível de bairros”, disse. Segundo ele, a regularização vai ocorrer em todas regiões da cidade.

Diz que de 2000, a 2016, foram regularizadas na cidade cerca de 4,8 mil moradias. “Nossa meta é regularizar pelo menos 20 mil nos próximos quatro anos”, afirma.

Só que ao mesmo tempo que pretende fazer a regularização, a Cohab tem alertado os moradores de áreas passíveis de acerto, que não serão toleradas novas ocupações, nem a construção de novas moradias. Com isso, ações que os técnicos chamam de “controle de adensamento”, estão sendo desencadeadas com frequência.

No último dia 23, por exemplo, funcionários da Cohab promoveram uma série de demolições no Jardim Satélite Íris I, região do Distrito do Campo Grande.

Foram derrubadas quatro casas de alvenaria e retiradas quatro demarcações de lotes com cercas e pontaletes de madeira, num local conhecido como “Morro do Satélite”.

Dois dias antes, num terreno de aproximadamente 50 mil m2 foram demolidas 15 moradias improvisadas em APP (Área de Proteção Permanente) e outras 12 em área de risco.

“Nós estamos falando para os moradores que não deixem as ocupações crescerem, porque senão não será possível a regularização”, avisa Rossilho.