Fonte: Do G1 AM

O índice de contratos anulados em 2016 chegou a 40%, segundo balanço divulgado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi) nesta quinta-feira (26). A quebra dos acordos causou instabilidade no setor, que registrou baixa no mês de dezembro do ano passado, enquanto outros meses o tiveram movimentação financeira de R$ 78 milhões por mês. Segundo a Ademi, o momento é favorável para compra de imóveis.

Conforme o presidente da Ademi, Romero Reis, a quebra de contratos prejudica todo setor imobiliário, uma vez que cria insegurança nos consumidores. De acordo com ele, a projeção é que as vendas passem a aumentar somente a partir do segundo semestre de 2017, quando há expectativa da Associação da retomada de confiança do consumidor.

“O brasileiro precisa aprender a respeitar contrato. Contrato é lei entre as partes. Na compra do imóvel, você tem uma fração que pertence a ele e outra que pertence ao coletivo da empresa. Quando ele distrata, ele não está resolvendo só o problema dele, ele está complicando o coletivo. Portanto, o que deve ser observado é que se houver distrato e a causa for a empresa, ela tem que ressarcir com juros e correção monetária 100% do que o consumidor tem direito. Agora, 99,9% dos distratos partem do consumidor”, explicou.

Romero Reis, presidente da Ademi, apresentou dados nesta quinta-feira (26)' (Foto: Suelen Gonçalves/ G1 AM)Romero Reis, presidente da Ademi, apresentou
dados nesta quinta-feira (26)
(Foto: Suelen Gonçalves/ G1 AM)

‘Momento favorável’
Segundo Reis, as baixas na inflação e nos juros tornam o momento favorável para compra de imóveis na capital amazonense. “Nós entedemos que nos últimos seis meses foram tomadas muitas medidas pelo Governo Federal, ou seja, tirou a inflação de dois dígitos, que estava a 12% e agora está em 5,98%, a taxa de juros saiu de 14,25% e já está em 13% com viés de baixa, e tudo isso vai criando um modelo de negócio que é favorável para o mercado imobiliário. Só que leva um certo tempo para essas medidas chegarem no consumidor e para as empresas, então é natural que nesse primeiro semestres tenhamos índices não tão bons quanto esperávamos, mas no segundo semestre o ambiente deve melhorar bastante”, disse Romero Reis, presidente da Ademi.

Cerca de 30% do estoque de imóveis está em lançamento, 35% em obras e 35% prontos. A quantidade é baixa comparada a outros estados e pode ter acréscimo nos valores a médio prazo. “As estatíticas mostram que você consegue comprar um imóvel pronto por R$ 4mil o metro quadrado. Há quatro anos, esse mesmo imóvel era lançado a R$ 5 mil o metro quadrado”, exemplifica.

Vendas
Em dezembro, 152 unidades foram vendidas em Manaus. De acordo com os dados, o bairro Ponta Negra foi o local com maior registro de novos imóveis comercializados, com 31 unidade. Em seguida estão o bairro Dom Pedro, com 18, e Gilberto Mestrinho e Tarumã-Açú, com 11 unidades cada um.

O preço médio com metro quadrado em dezembro foi de R$ 4.391. O metro quadrado residencial mais caro está no bairro Cachoeirinha, na Zona Sul da cidade, chegando a R$ 6.063, seguido do Parque Dez, a R$ 5.795. Na área comercial, o metro quadrado mais caro está no bairro Adrianópolis, com R$ 11.161.