Fonte: Folha Nobre
A construção de casas e apartamentos populares, dentro do projeto do governo federal “Minha Casa Minha Vida”, que a princípio sinaliza segurança para as famílias, com a possibilidade da residência própria cria situações de difícil solução para as prefeituras. Problemas ambientais, como já ocorreram em Jaru e outros municípios é um dos entraves burocráticos, mas o problema maior está na infraestrutura dos complexos, de responsabilidade do governo estadual e dos municípios, na contrapartida com o governo federal.
Agora será entregue o residencial Cristal da Calama, como 3.800 casas, uma micro-cidade. O Estado ainda não cumpriu a sua parte de garantir serviços essenciais, dentre eles escola, posto de saúde, creche, transporte coletivo, energia elétrica, telefone, etc.
A construção e a liberação do habite-se dependem da infraestrutura. Como liberar um residencial com quase 4 mil casas sem o mínimo necessário para uma vida digna dos moradores? No mínimo é uma irresponsabilidade do administrador público, que muitas vezes é levado a isso porque não tem outra saída.
Pode-se se afirmar que os novos “favelões” que estão sendo criados pelo país, e em Rondônia não é diferente, com casas e apartamentos populares para a população de menor poder aquisitivo é um legado (negativo) do PT. As famílias precisam e dependem da casa própria, mas com um mínimo de dignidade. A moradia não é de graça, pois o favorecido tem que pagar. Não basta o teto são necessários estrutura e dignidade para com as pessoas, que não podem serem tratadas como um espólio político.
Há residenciais em Porto Velho que se tornaram áreas dominadas por facções criminosas, onde a violência e a criminalidade imperam, a droga predomina e a Lei do Cão prevalece. Quem não se enquadra morre. São verdadeiras senzalas onde o morador vive sobre açoite.
Autor / Fonte: Waldir Costa/ Rondoniadinamica