Fonte: O Globo

BRASÍLIA – Para tentar reanimar o setor imobiliário, o governo estuda aumentar o limite do valor do imóvel que pode ser financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH). O teto poderá chegar a R$ 1,5 milhão nas cidades onde o valor da moradia é mais alto como Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais e no Distrito Federal, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO. Ou seja, o mutuário poderia usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada em habitações até esse limite de preço.

Há pouco mais de dois meses, o governo já tinha revisado os limites para o SFH. Em novembro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu que o teto para o uso de FGTS na compra de imóveis subiria de R$ 650 mil para R$ 800 mil. Nas quatro maiores capitais, o valor passou de R$ 750 mil para R$ 950 mil.

No entanto, a avaliação dentro da equipe econômica é que a medida foi insuficiente para estimular o setor. Dentro do governo também ganhou força a ideia de que a construção civil é o jeito mais rápido de melhorar os índices de emprego porque o setor é intensivo de mão de obra e responde rapidamente aos benefícios dados.

Também averiguou-se que os valores dos imóveis nessas capitais ainda estavam defasados em relação ao mercado e com a possibilidade de retomada da economia, os valores precisariam de um novo reajuste.

Quem tem de tomar a decisão é o conselho. A reunião está marcada para o fim deste mês. No entanto, o CMN pode fazer um encontro extraordinário para adotar a medida.

— O Conselho Monetário Nacional tem de discutir orçamento do Fundo, pois isso amplia a necessidade de recursos — disse uma fonte a par do assunto.

A discussão do CMN será intensa. O FGTS deve ter uma grande perda de receitas quando começarem a sacar os recursos das contas inativas a partir de março.

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