Quem casa quer casa. Apesar de antigo, esse ditado é mais atual do que nunca. Seja em razão do casamento ou mesmo a vontade de sair da casa dos pais, se mudar para um imóvel é algo que requer programação. Afinal, o custo da moradia no Brasil ainda é alto, tanto para locação quanto para compra.
Em ambos os casos, além dos custos com o próprio aluguel ou para aquisição de um novo lar, a programação mensal deve considerando as novas despesas fixas que serão assumidas, tais como contas de luz e água, alimentação, condomínio (se apartamento), IPTU, gás, internet, e até mesmo de locomoção para o trabalho, dentre outras, lembra o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. “Além disso, existem custos extras que surgem com o passar do tempo, como reparos no imóvel, aquisição de móveis novos, reajuste de locação ou da parcela de financiamento. Para quem vai se casar, é necessário pensar, ainda, nas despesas do próprio casamento, que pesam no orçamento.”
Quem optar pela compra, é preciso ter em mente que tal decisão significa a imobilização do capital, ou seja, o dinheiro investido só será recuperação com a venda do bem, como destaca o presidente da ABMH. “Já a locação não implica em imobilização do capital, mas gera para o locatário a obrigação de pagamento mensal. Por outro lado, optando pela locação tendo capital para compra, pode-se ter em mãos um dinheiro para investimento em áreas diversas”, completa.
Para muitos, sair de casa significa independência, que, para ser conquistada e mantida, necessita de uma programação e muito trabalho, como observa Vinícius Costa. “Então, antes de buscar uma nova vida com mudança para um imóvel próprio ou de locação, estude bastante sua situação financeira, busque um imóvel que se enquadre na sua vontade e na sua condição e, sempre que possível, previna-se de eventuais problemas guardando dinheiro que não estiver comprometido com os custos fixos dessa nova vida”, aconselha.