Fonte: Revista Educação

“Os alunos estão tentando inovar cada vez mais, o que inclui já a escolha do tema.” É o que avalia o professor Giovanni Campari, do Centro Universitário Belas Artes, ao comentar o trabalho de graduação do estudante Luiz Paulo Pegorar, do curso de Arquitetura e Urbanismo. O aluno desenvolveu um projeto de abrigo para uso no planeta Marte e, para tal, contou com a orientação de um arquiteto da Nasa para dar conta de tantas particularidades, como a composição atmosférica do planeta, a incidência dos raios solares e até as tempestades de areia. A disponibilidade de materiais e tecnologias existentes também pautou a execução do plano. “A arquitetura, apesar do viés artístico, depende, sobretudo, da engenharia e da tecnologia”, explica o orientador.

Ao final, Luiz Paulo se destacou com um projeto que pode ser aplicado em outros ambientes inóspitos, como a Antártida, onde poderia ser transformado em uma estação de pesquisa, e os desertos, onde sua função seria oferecer proteção contra as altas temperaturas. “A arquitetura também tem de lidar com temas contemporâneos, como a devastação de cidades por tornados ou terremotos e as demandas dos refugiados de guerra. Para todas essas situações, temos a necessidade de abrigos emergenciais”, afirma Campari.

O trabalho ainda é recente, e o jovem passa agora pelo departamento de coaching oferecido pela instituição para vislumbrar meios de “aproveitar” tanto o trabalho como as competências que adquiriu ao longo de sua execução. “Nosso departamento de coaching, atrelado ao serviço de atendimento psicológico, é colocado à disposição do aluno para orientação de carreira. Do ponto de vista acadêmico, este serviço atende a uma filosofia da escola, que está em nosso projeto pedagógico, que é formar profissionais com viés criativo e inovador”, explica o pró-reitor do Belas Artes, Sidney Ferreira Leite.