A fim de impulsionar o mercado habitacional, a Caixa Econômica Federal alterou as condições de aquisição de imóveis através das linhas FGTS Habitação Popular e Pró-cotista. Com a mudança, que é válida até 31 de dezembro deste ano, as faixas de renda enquadradas no programa subiram e as taxas de juros para contratações foram reduzidas.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, as medidas adotadas pela Caixa influenciam diretamente no valor da prestação e também no total a ser pago ao final do financiamento. “Quando ocorre a redução da taxa de juros, a prestação do financiamento também diminui. Isso faz com que o mutuário consiga um financiamento de maior valor, já que a prestação passa a se encaixar melhor na sua condição de pagamento. Por consequência, o que se paga ao final do financiamento é um montante menor também”, explica.
No FGTS, o teto de renda familiar mensal subiu de R$ 7.000 para R$ 8.000, o que possibilita que famílias possam ter acesso ao financiamento do programa com taxas de juros anuais entre 4,25% e 7,16%, que estão abaixo das praticadas em linhas de mercado. “Mas é importante destacar que as medidas só abarcam novos financiamentos. Não cabe revisão de financiamentos em curso para alterar a taxa de juros para menor”, destaca Vinícius Costa.
Na pró-cotista, linha do Casa Verde e Amarela destinada ao financiamento de imóveis de médio e alto padrão, houve queda de 1 ponto porcentual, e as taxas partem de TR + 7,66% ao ano para imóveis com valores até R$ 350 mil. As alterações são válidas até 31 de dezembro.
A taxa também caiu para imóveis com valores acima de R$ 350 mil até o teto do Sistema Financeiro Habitacional, de R$ 1,5 milhão, passando a ser de TR + 8,16% ao ano. Além disso, a cota de financiamento na linha pró-cotista foi ampliada para até 80% do valor de avaliação do imóvel, de acordo com a Caixa.