Fonte: Brasil 247
247 – Com os imóveis retomados de clientes inadimplentes, os cinco maiores bancos do país – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Santander -, juntos, disputariam o posto de maior incorporadora brasileira. O estoque desses ativos que foi parar nas mãos dos bancos mais que dobrou em dois anos e chegou a quase R$ 10 bilhões. Para comparação, a Cyrela, maior empresa do setor, possuía R$ 6,4 bilhões em imóveis em estoque em setembro de 2016.
As informações são de reportagem do Valor.
“Além de retomar imóveis e veículos em alienação fiduciária, os bancos também estão se tornando acionistas de empresas cujos sócios deram ações em garantias e não quitaram os empréstimos. BTG Pactual (33,7%) e Itaú Unibanco (7,8%), por exemplo, tornaram-se parceiros da MPX, geradora de energia do império falido de Eike Batista.
O estoque de bens retomados pelos bancos é composto em sua maioria por imóveis, mas também inclui itens como veículos, máquinas e equipamentos. Apesar de representarem uma oportunidade de recuperar parte das perdas com calotes, esses bens, na proporção que atingiram, trazem desafios nada triviais. Para instituições que têm como objetivo abrir contas correntes e emprestar dinheiro, administrar um portfólio dessa dimensão, com características tão diversas, tem sido tarefa bastante complexa. Dona da maior carteira de financiamentos para a compra da casa própria, a Caixa detém o maior estoque de ativos retomados, com 24 mil imóveis disponíveis para revenda.
Fazendas, mansões à beira-mar em Angra dos Reis (RJ), prédios comerciais e mesmo “casebres” fazem parte dos bens que passaram a integrar o balanço dos bancos, conforme mostram os chamados dos leilões. Em um período recessivo, que levou a um excesso de oferta de imóveis, a venda em muitos casos tem sido feita a preços muito abaixo dos estimados inicialmente pelos bancos quando aceitaram as garantias. Isso se conseguem se desfazer dos ativos.”