Fonte: Valor
O nível de emprego no mercado imobiliário brasileiro caiu 17,68% de janeiro a outubro, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).
O segmento teve 36,43% de participação no nível de emprego da construção.
A segunda maior queda (14,82%) ocorreu no ramo de preparação de terreno, que responde por 4,27% do emprego do setor. O Sinduscon-SP estima recuo de 14,5% no nível de emprego da construção neste ano.
Para o Estado de São Paulo, a projeção é que o emprego tenha retração de 11,6%.
Fundo do poço
O vice-presidente de habitação do Sinduscon-SP, Ronaldo Cury, afirmou nesta quinta-feira que o setor chegou ao fundo do poço e que a saída ocorrerá “conforme a velocidade das reformas macro e micro”.
O presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto, defende que sejam realizadas as reformas da previdência, trabalhista e tributária. “Esperamos que 2017 seja um ano de virada e que possamos dizer que erramos para baixo [as projeções de crescimento]”, disse Ferraz Neto.
O presidente do Sinduscon-SP defende que sejam destravadas as obras de infraestrutura e que as taxas de juros caiam para que haja mais crédito imobiliário e que os consumidores sintam mais confiança de adquirir imóveis.
Plano Diretor
A entidade defende que a unificação das aprovações de licença seja prioridade para o setor pelo novo prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB-SP).
Segundo Ferraz Neto, alguns pontos do Plano Diretor precisam ser revistos, como o valor das outorgas onerosas – instrumento que possibilita a construção de área acima do permitido pelo coeficiente básico até o limite do coeficiente máximo de cada zona.
“Os valores das outorgas foram definidos em momento de muita euforia. Há casos em que as outorgas estão 50% acima do que seria viável e, em outros, estão abaixo”, disse Ferraz Neto.