Levantamento da Fundace sugere que Ribeirão Preto pode apresentar uma retomada antes das demais regiões
Fonte: Revide
O setor de construção civil na região de Ribeirão Preto e no Brasil ainda sente os efeitos da crise enfrentada pelo País e este cenário deve permanecer inalterado nos próximos meses devido ao elevado desemprego e redução dos salários reais até 2017.
Mudanças importantes na trajetória da economia e no cenário político começam a mostrar que uma recuperação econômica pode se iniciar no próximo ano, com efeitos positivos sobre o setor, sobretudo, somente a partir de 2018. É o que indica o boletim Construção Civil, elaborado pelo Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper), da Fundace.
De acordo com o estudo, o mercado de crédito para a construção civil continua a sofrer os prejuízos da crise brasileira, mas as novas concessões de crédito e a melhora na confiança dos agentes econômicos podem significar um cenário positivo para o setor imobiliário ao longo dos próximos meses, principalmente para as empresas que passam pelo momento turbulento sem grandes problemas financeiros.
Dados relativos aos lançamentos de 20 incorporadoras associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) mostram que os lançamentos no Brasil vêm crescendo desde o mês de março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, indicando que parte do ajuste no mercado imobiliário já foi realizado.
“A equipe econômica começa a colher resultados positivos em relação à política monetária, como a redução da inflação. Adicionalmente, a melhora das expectativas em relação à trajetória da dívida pública abre espaço para a redução da taxa de juros, elemento importante para a retomada dos investimentos e, consequentemente, do crescimento da economia brasileira”, avalia o professor e pesquisador Luciano Nakabashi, coordenador do estudo.
Preço dos imóveis
Em Ribeirão Preto, entre os meses de maio e outubro de 2016, os preços dos apartamentos caíram em três (Norte, Sul e Centro) das cinco regiões da cidade, sendo que nas duas regiões que experimentaram elevação nos preços, a variação ficou abaixo de 1%.
Em relação aos preços das casas, nota-se um crescimento em quase todas as regiões, exceto na zona leste, mas, segundo os pesquisadores, o aumento nos preços pode indicar que os valores estejam defasados.
“Nos próximos meses, ainda se espera retração ou estabilização nos preços dos imóveis, indicando que ótimas oportunidades existem para os compradores que realizarem uma boa pesquisa dos imóveis disponíveis e que souberem negociar antes de fechar”, avalia Nakabashi.