Fonte: boainformacao.com.br
SÃO PAULO – Instituições financeiras brasileiras estão autorizadas, a partir desta sexta-feira, a financiar imóveis novos de até R$ 1,5 milhão com juros de até 12% ao ano. Até então, o limite do valor do imóvel era de R$ 750 mil.
A decisão é temporária, por um ano, e foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que permite agora que 6,5% dos recursos da poupança sejam destinados a esse tipo de empréstimo. Caso seja bem sucedida para impulsionar o mercado, poderá ser aplicada permanentemente.
De acordo com Sílvia Marques, chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, existem atualmente R$ 495 bilhões aplicados na poupança no país. Desse total, os bancos teriam de destinar R$ 322 bilhões para o crédito imobiliário. O estoque de empréstimos para o setor chega, entretanto, a R$ 354 bilhões.
O conselho alternou as normas de exigibilidade dos depósitos de poupança. Antes, os bancos estavam impôrdos a destinar 65% dos depósitos na caderneta para o crédito imobiliário. Desse total, 13 pontos percentuais (20%) eram destinados a operações de mercado e 52 pontos percentuais (80%) para operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que financia imóveis de até R$ 750 mil em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal e R$ 650 mil nos demais estados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Com a mudança, a parcela da poupança destinada ao SFH cairá de 52% para 45,5% (de 80% para 70%), com a criação da faixa de 6,5% a ser aplicada na faixa de crédito para moradias de até R$ 1,5 milhão.
Os juros dos financiamentos do SFH estão limitados a 12% ao ano. Segundo Sílvia Marques, o FGTS não será usado nos financiamentos para imóveis de até R$ 1,5 milhão com recursos da poupança, mas essa nova modalidade de crédito terá o mesmo teto para as taxas.
Com Agência Brasil