Fonte: CBN
O Brasil tinha 12 milhões 157 mil imóveis alugados no ano passado, de acordo com o IBGE. No Rio, 38,5% dos domicílios alugados comprometem a renda familiar, a maior proporção do país.
Todo mês é a mesma coisa. O vendedor Alexandre Ribeiro, de 26 anos, faz um malabarismo para conseguir fechar as contas. Isso porque ele mora sozinho, e gasta mais da metade do salário só pagando o aluguel.
– A minha renda é variável e, atualmente, até 70% dela fica em função do aluguel. A gente tem que se virar para conseguir ter lazer e o conforto de ter a casa.
O Brasil tinha 12 milhões 157 mil imóveis alugados no ano passado, de acordo com o IBGE. Destes, 32% tinham o valor de locação igual ou superior a 1/3 da renda domiciliar das famílias que habitam as residências. Os imóveis alugados por pessoas que vivem sozinhas e por mães que moram só com os filhos registraram as maiores proporções de sobrecarga com o aluguel. Os especialistas indicam que o total do gasto, somado ao condomínio e outras taxas, não deve ultrapassar 30% da arrecadação mensal. Mas o professor de finanças do IBMEC-Rio Nelson de Sousa explica que tem sido difícil permanecer “na “linha” em um cenário de aumento de desemprego e redução dos salários.
– Os aluguéis não tiveram aumento assim tão expressivo, mas as famílias têm tido redução da sua renda. Infelizmente, não é possível diminuir aluguel na medida em que a renda cai.
No Rio, 38,5% dos domicílios alugados comprometem a renda familiar, a maior proporção do país. Em seguida, vem o Distrito Federal, com 38%.