Com a queda das taxas de juros do crédito para financiamento habitacional e as projeções da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Dimac/Ipea) que indicam aceleração do crescimento do PIB para 2,3% em 2020, o mercado imobiliário volta a ficar aquecido, tanto para compra e venda, quanto para permuta. Com isso, a recomendação é cautela antes de firmar qualquer negócio. Pesquisa e o auxílio de um profissional são essenciais antes de fechar o negócio.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, o primeiro passo para aquisição é a identificação de aspectos que são decisivos para fechar o negócio conforme o perfil de cada consumidor. “É necessário considerar localização, tamanho do imóvel, disposição de cômodos, facilidades oferecidas (no caso de apartamento, o que o prédio oferece) e também o valor que se pretende pagar. Todos esses pontos vão ditar a qualidade de vida que se terá nesse novo imóvel. Com a correria dos dias atuais e o foco no trabalho, escolher um imóvel que traga tais facilidades e tranquilidades é de suma importância”, ressalta.
O segundo passo é a escolha do tipo de operação que pretende fazer. Pode-se optar por compra e venda ou locação. Especificamente no que diz respeito à compra e venda, a negociação poderá se dar com recursos próprios ou com financiamento. “Se optar por ele, é extremamente aconselhável que, antes de se fechar qualquer negócio, o comprador tenha já em mãos uma carta de aprovação do financiamento referente ao valor que necessita para compra e venda. Outra opção bastante viável é a permuta ou troca de imóveis. Nesse tipo de operação pode-se conseguir até um bom negócio sem necessitar de colocar mais recursos na operação”, observa Vinícius Costa.
Ainda antes de fechar o negócio cabe ao comprador certificar-se sobre os dados pessoais do vendedor e também o registro do imóvel. Conforme o presidente da ABMH, é importante verificar quem é o dono do imóvel, se esse ele tem alguma restrição em seu nome que impeça a venda ou até mesmo se existe algum impedimento da negociação no próprio imóvel. “Estando tudo em dia e sem qualquer restrição, a operação tende a ser mais tranquila. Vale lembrar que não há garantia de efetivação do negócio, porém, uma pesquisa prévia previne diversos problemas”, aconselha.
Em relação à fase pré-contratual, a recomendação de Vinícius Costa é nunca assinar um contrato sem antes levar a um advogado com conhecimento específico na área e que seja de sua confiança. “Entenda bem a operação que será feita, quais suas obrigações como vendedor ou comprador, quais os riscos do negócio e as penalidades em caso de descumprimento parcial ou total do contrato (rescisão).”
O presidente da ABMH destaca que a aquisição de um imóvel envolve muito dinheiro e muito sentimento, pois trata-se da casa própria de uma família. “Por isso, nunca feche um negócio sem se cercar de informações e profissionais qualificados, pois o que era para ser um sonho pode acabar virando um pesadelo.”